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Caro aluno,

Somos professoras de história em formação. Assim como vocês, somos estudantes em contínuo aprendizado e aperfeiçoamento. Ao longo de nossa trajetória escolar freqüentamos instituições de ensino públicas. Toda a nossa trajetória escolar se deu entre os muros de escolas da rede de ensino municipal, estadual e federal.

 

Meu nome é Ana Paula da Conceição Nascimento,

Concluí meu ensino fundamental na Escola Municipal CIEP Carlos Drummond de Andrade, localizada na Praça Seca. Em seguida ingressei no colégio Pedro II, Unidade Engenho Novo e atualmente curso a graduação de licenciatura em História.

Meu nome é Evelyn Beatriz Lucena Machado,

Estudante da Escola Municipal Leonor Coelho Pereira, localizada no Bairro da Penha, conclui o Ensino Médio no Colégio Estadual Horário Macedo em convênio com o CEFET. Atualmente cursando História na UFRJ.

Ambas futuras docentes trabalharam na pesquisa histórica sobre escravidão no Brasil em diversos Arquivos da cidade do Rio de Janeiro, com ênfase na documentação relativa ao século XIX. Contemplamos estudos temáticos sobre matrimônio, apadrinhamento e ritos funerários da população em situação de cativeiro e liberta. 

 

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Quem somos

​​Da tua mão nasce uma flor ...

Das mãos calejadas de homens e mulheres brotam as casas. Do suor salgado é feito o pão. O trabalhador carrega em suas costas as riquezas e o peso de uma nação inteira. Mas resta saber, quem é esse trabalhador?

A história do Brasil é marcada pela ideologia já cristalizada que imagina o mercado de trabalho do século XX como constituído por homens de olhos azuis e tez embranquecida.

No entanto, inspiradas pela imagem que ilustra esta página, acreditamos que a mais cálida rosa brotou de mãos negras.  Nela, observamos que o embrutecimento de mãos calejadas, decorrente do ofício árduo e penoso abriga uma singela e pequena flor. Ao invés de oposição e contraste, a imagem se projeta aos nossos olhos como uma longa e bela poesia, pois fala do indizível: de que mais do que trabalhadores braçais a população negra produziu e produz tudo o que há de mais harmonioso e belo no nosso país. Isto concede indícios de que existem vivências e trajetórias ricas em multiplicidade que precisamos conhecer!

Para nós, estas mãos representam de modo análogo homens e mulheres que por mais de 300 anos foram submetidos a uma forma de trabalho compulsório: a escravidão. A despeito de toda riqueza que eles produziram e de sua importância fundamental para a construção desse mosaico que hoje chamamos de Brasil, a população negra ainda sofre. O racismo atua quase onipresente, ele não se projeta como uma palavra, mas sim nos discursos e nas ações. E uma das conseqüências disso se verifica na própria inserção ao que chamamos hoje de mercado de trabalho.

Mundos do Trabalho

Objetivo

Contemplamos três momentos históricos distintos: O atual cenário brasileiro, a sociedade escravista urbana do século XIX e o pós-Abolição.  

Nosso objetivo é refletir sobre o atual contexto de segmentação de ofícios no que tange às diferenciações de raça (negros, pardos e brancos) e de gênero (homens e mulheres) contemplando essas desigualdades como fruto de processos históricos.

Discutiremos o processo histórico da escravidão no Brasil, no que tange à multiplicidade de ocupações que os homens e mulheres em situação de cativeiro exerciam nos cenários urbanos.

Por fim, refletiremos acerca do processo que se desenrolou no pós-emancipação, problematizando a representação da imagem do trabalhador nas primeiras décadas do século XX.  

 

 

 

Os Caminhos

Nessa página você poderá aprofundar seus estudos sobre a formação do que chamamos de “mundos do trabalho” no Brasil. Para entender as tendências que se expressam no nosso dia a dia temos que estudar a escravidão no Brasil, contemplando a multiplicidade de ofícios que eram exercidos por homens e mulheres em situação de cativeiro.

Outro processo importante que deve ser discutido diz respeito à luta dos trabalhadores por maiores direitos no exercício de suas jornadas de trabalho. Para tal. procuramos desconstruir uma série de idéias preconceituosas que são amplamente divulgadas e pouco problematizadas.

Propomos atividades e reflexões para que você adquira as ferramentas necessárias para compreender de forma crítica a sua realidade, e com isso reformulá-la de acordo com os princípios éticos e humanos.

As atividades utilizam uma série de fontes históricas, como mapas, imagens, textos, vídeos, entre outros. Nossa finalidade é concretizar um espaço de saber que seja democrático e que privilegie o diálogo e a comunicação. Por isso, contamos com as suas dicas, produções e contribuição. Esperamos as suas dúvidas e apontamentos para buscar sempre o aprendizado, porque vocês são as nossas fontes de inspiração!  

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Apresentação
Escravidão Urbana
Pós- Abolição
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